JOÃO DA EGA: O PRENÚNCIO DA MODERNIDADE EM OS MAIAS

Autores

  • Fabiana Passos de Melo FAE

Resumo

Eça de Queirós é elencado entre os autores do romance realista português, cujo projeto alvejava os três pilares daquela sociedade: família burguesa, igreja e monarquia. Os Maias (1888), todavia, apresenta-se como obra em que cientificidade e pessimismo realistas são substituídos pelo culto dos valores então rechaçados, na qual se destaca João da Ega. O objetivo deste artigo é analisar esta personagem sob as perspectivas do Romantismo e do Realismo, a procura de características do homem moderno. Evidencia-se que João da Ega é moderno, devido às suas contradições: ateu que cultua satanás, Mefistófeles que anuncia a entrada para um mosteiro, homem de ciência cuja alma caiu a uma latrina e Salomão cansado ainda jovem.

 

DOI: 10.5935/1984-6614.20180009

Referências

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Disponível em: http://machado.mec.gov.br/images/stories/html/critica/mact27.htm. Acesso em: 22 mai. 2016.

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Publicado

2018-07-07

Edição

Seção

Questões de (con)texto